17 de mar. de 2011

* "Eu não tenho passagem"...Mito ou Verdade?





Todo mundo conhece alguém cuja o bebê nasceu através de uma cirurgia cesariana porque "não tem passagem". É um discurso que permeia o imaginário das mulheres e que, por vezes, está presente na fala dos próprios médicos! Mas o que 'raios' significa não ter passagem? 
Dá pra realizar esse diagnóstico só de olhar para a gestante? Isso é genético? Se minha mãe não teve passagem, eu não vou ter também? O que eu faço para ter a tal da passagem???? 

Calma, gente. Todo mundo tem passagem. Ou melhor, dilatação do colo do útero.

Durante a gestação, todos sabemos que o bebê fica posicionado dentro do útero, envolto pela bolsa das águas que contém o líquido amniótico. O colo do útero fica fechadinho e grosso, justamente para o bebê não nascer antes do tempo ideal.


Quando a mulher entra em trabalho de parto, esse colo, antes grosso, começa a afinar. Vocês podem ouvir na cena do parto o profissional dizer que o colo está grosso, médio, afinando, etc. Quando o colo termina de afinar, trabalhando em conjunto com as temidas contrações uterinas, ele começa a dilatar, pouco a pouco, em um processo que pode demorar horas...ou dias.

A dilatação do colo do útero começa com 1cm e segue se abrindo até completar os 10cm ideais para o bebê poder sair de dentro dele. A dilatação acontece na saída do útero e não na vagina, como muitos acreditam. A vagina é um músculo que contrai e relaxa, ok?


Os profissionais conseguem definir o quanto o útero está dilatado através do exame de toque
obstétrico. Segue abaixo uma imagem que representa o posicionamento dos dedos do profissional durante o exame, que abre os dedos em formato de tesoura.


Estime-se que, em trabalho de parto, a dilatação aumente 1cm por hora. Mas isso não é uma lei, cada parto é um parto e a natureza age se permitirmos. Durante os primeiros centímetros, as contrações têm um intervalo maior, o que permite à mulher suportá-las facilmente. 
É o momento em que, em uma gestação de baixo risco, a parturiente pode ficar em casa, procurar se distrair e não se focar em cronometrar as contrações. Lembre-se: um trabalho de parto pode durar horas e é cansativo, aproveite esse período para descansar, relaxar.

Infelizmente, no cenário obstétrico atual do Brasil, temos que ter um profissional engajado na busca pela promoção da humanização do parto e nascimento, um profissional que esteja preparado para encorajar a mulher a aguardar pacientemente a dilatação se concluir e, principalmente, a encoraje e a permita trabalhar esse parto, com a ajuda de uma doula e do acompanhante, em um ambiente que não seja aversivo, de modo que o trabalho de parto transcorra de forma respeitosa, sem que sejam necessárias intervenções para acelerar o processo e que, consequentemente, aumentem as chances de a mulher precisar ser submetida à uma cirurgia cesariana.

Portanto, se você está grávida e seu médico só de olhar pra você disse que você não tem passagem, ou se a sua mãe precisou ser submetida à uma cesariana por esse motivo, não precisa se preocupar porque sem dilatação não há trabalho de parto, procure um profissional que tenha experiência e vontade de acompanhar partos naturais e fique tranquila, pois o seu colo irá dilatar na hora certa.

Durante o trabalho de parto, seu bebê estará sendo monitorado e qualquer alteração na frequência cardíaca do feto será identificada pelo profissional responsável, caso você precise ser submetida à uma cesariana para salvar o seu bebê da privação de oxigênio antes que a sua dilatação esteja completa, saiba que a indicação da sua cesariana será bebê apresentando sofrimento fetal e não "falta de dilatação" ou "de passagem".

Precisamos acreditar que todas essas mulheres vítimas do sistema, principalmente as brasileiras, não vieram com defeito de fabricação!!!


Fonte: Blog da doula Priscilla Rezende

13 de mar. de 2011

* O bebê não quer virar, e agora?!



Feto - Da Vinci

Então é hora de dar uma ajudinha a ele, veja como nos exercícios abaixo...

Esses exercícios as chances do bebe virar são muito grandes, algo em torno de 90%.

São 3 posições que devem ser feitas durante um dia todo, cada um deve durar 20 minutos (contados no relógio), com intervalo de 2 horas de uma para o outro.

Somente devem ser feitos a partir de 36 semanas.


Mulher deitada de peito no chão (ombros no chão), quadril erguido usando uma pano (
rebozzo) no quadril para sacudir delicadamente o bebê.





meia ponte, mulher de barriga pra cima, cabeça mais baixa que as pernas, funciona melhor se for deitada numa tábua inclinada numa escada... ângulo de 45º (não faça sozinha).




engatinhar, rebolando bem. Proteger mãos e joelhos, porque dói.



 
(Pode ser feito em qualquer idade gestacional)
Converse com o bebê. Pede a alguém conhecido, falando bem próximo a barriga, dizendo-o para se virar, de maneira suave e carinhosa, encostando a boca bem próximo a pele, na parte de baixo da barriga.

Nos intervalos, dormir, banhar, comer. Um dia é suficiente.
A mulher deve ficar a mercê dos exercícios, sem preocupações e/ou interrupções. Pra isso precisa de alguém pra acompanhar ( no caso a Doula é de grande ajuda).

Depois de um dia de exercícios, é comum o  bebê virar durante a noite, mas se não virar...

Outras técnicas podem ser realizadas, como compressas (quente no pé da barriga e gelada no auto do estômago), homeopatia, moxabustão e em último caso se o bebê for persistente, é hora de dar (literalmente) uma mãozinha  através da versão externa, que é uma manobra feita para virar o bebê manualmente e que só pode ser feita por um profissional treinado e experiente.


Crédito das fotos: Feitas em um workshop com Naolí Vinaver López (parteira mexicana) no GAMA...

Artigo completo no site Parir é Natural!




8 de mar. de 2011

* A Criação do Vinculo Inicial.

Direitos do binômio mãe-bebê




(Derivados da International MotherBaby Childbirth Initiative)



1. Você e seu bebe têm o direito de serem tratados com respeito e dignidade.


2. Você tem o direito de estar envolvida e completamente informada sobre a assistência que você e seu bebê recebem.


3. Você tem o direito de receber informação numa linguagem e terminologia que lhe sejam compreensíveis.


4. Você tem o direito ao consentimento informado e à recusa informada para qualquer tratamento, procedimento ou outro aspecto da assistência para você e seu bebe.


5. Você e seu bebe têm o direito de receber assistência que fortalece e otimiza os processos normais de gravidez, parto e pós-parto em um modelo de assistência conhecido como “parteria” ou “MãeBebe”.


6. Você e seu bebe têm o direito de receber suporte emocional contínuo por pessoa de sua escolha durante o trabalho de parto e no parto.


7. Você tem o direito a que lhe sejam oferecidas medidas de conforto e alívio não farmacológico da dor durante o trabalho de parto e de que sejam explicados para si e seus familiares os benefícios de tais medidas e seus meios.


8. Você e seu bebe têm o direito de que a assistência recebida consista de práticas baseadas em evidências científicas comprovadamente benéficas de apoio ao processo fisiológico normal de trabalho de parto, parto e pós-parto.


9. Você e seu bebe têm o direito de receber assistência que busque evitar procedimentos e práticas potencialmente danosos.


10. Você tem o direito de receber orientações educativas referentes a ambiente saudável para atenção ao parto e prevenção de doenças. 


11. Você tem o direito de receber orientações sobre sexualidade responsável, planejamento familiar e direitos reprodutivos das mulheres, e às opções de planejamento familiar.


12. Você tem o direito de receber assistência ao pré-natal, ao parto, ao pós-parto e ao recém nascido centrada em sua saúde física e emocional, no contexto de suas relações familiares e no ambiente de sua comunidade.


13. Você e seu bebe têm direito a tratamento de emergência baseado em evidências científicas para condições que colocam em risco suas vidas.


14. Você e seu bebe têm direito a serem assistidos por pequeno número de prestadores de cuidado que trabalhem de modo colaborativo e de forma transdisciplinar, transcultural e interinstitucional, a interconsultas com especialistas indicados que facilitem transferências para instituições apropriadas quando necessário.


15. Você tem o direito a tomar conhecimento e que lhe mostrem como acessar os serviços comunitários disponíveis para você e seu bebe.


16. Você e seu bebe têm o direto de serem cuidados por prestadores com conhecimento e capacidade para apoiar a amamentação.


17. Você tem o direito de ser informada sb os benefícios e manejo da amamentação e que lhe seja mostrado como amamentar e como manter a lactação, mesmo quando você e seu bebe precisam ficar separados por razões médicas.


18. Você e seu bebe têm o direito de iniciar a amamentação nos primeiros 30 minutos após o parto, de ficarem juntos em contato pele-a-pele pelo menos na primeira hora de vida, de ficar juntos nas 24 horas do dia e de amamentar em livre demanda.


19. Seu bebe tem o direito de que não lhe sejam oferecidos bicos artificiais ou chupetas, e nada além do leite materno, a menos que haja indicação medica.


20. Você tem o direito de ser encaminhada a um grupo de apoio à amamentação, se disponível, após a alta do serviço de atenção ao parto.

3 de mar. de 2011

* Dia Do Nascimento

Este video é de uma leveza e de um instinto incrivel...
Não sou a favor de quem postou ele indevidamente,
pois é um video que possui direitos autorais e
está sendo vendido nos site do GAMA.

Vale muito a pena ver, se empoderar e também comprar.

13 de fev. de 2011

* Dar o Peito é dar VIDA!!!

* 1ª Roda de Gestantes da Zona Norte de SP.


 Do Ventre à Luz

               



Nos reuniremos no Parque da Juventude, próximo ao Metrô Carandiru, dia 26/02 das 09:00 às 11:00. A roda será realizada no gramado, tragam cangas ou toalhas para sentarem-se. 

Crianças são muito bem vindas, não esqueçam de protege-las do Sol! 
Comes e bebes para o café da manhã serão providenciados por nós.

O tema será "Parto nas Casas de Parto" e teremos depoimentos de mulheres que pariram nas casas de parto de São Paulo.

Não precisa fazer inscrição e, caso esteja chovendo no dia, iremos para algum lugar coberto dentro do parque. A participação é gratuita.

Outros assuntos relacionados ao parto natural e a maternidade em geral poderão ser discutidos durante a roda, estaremos à disposição para tirarmos todas as dúvidas das gestantes, mamães e casais grávidos presentes!

Essa roda inaugural dará incio a um trabalho que está sendo planejado com muito amor visando ajudar as mulheres a exercerem de forma plena e consciente a maternagem.

Por favor, nos ajudem a divulgar a iniciativa para as gestantes da zona norte de São Paulo, de Guarulhos ou de qualquer outro lugar que dê fácil acesso ao Parque da Juventude.


Todas as informações sobre as Rodas estarão disponibilizadas aqui: www.doventrealuz.blogspot.com

๖๔΅˚◦.Minha Arte.◦˚΅๖๔